Estás Desesperado?

Estás Desesperado?

 

2 Reis 5
  • Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso. 
  • Saíram tropas da Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã.
  • Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.
  • Então, foi Naamã e disse ao seu senhor: Assim e assim falou a jovem que é da terra de Israel.
  • Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. Ele partiu e levou consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais.
  • Levou também ao rei de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra.
  • Tendo lido o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Acaso, sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la, para que este envie a mim um homem para eu curá-lo de sua lepra? Notai, pois, e vede que procura um pretexto para romper comigo.
  • Ouvindo, porém, Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.
  • Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu.
  • Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo.
  • Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso.
  • Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação.
  • Então, se chegaram a ele os seus oficiais e lhe disseram: Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo.
  • Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a carne de uma criança, e ficou limpo.
  • Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo.
  • Porém ele disse: Tão certo como vive o SENHOR, em cuja presença estou, não o aceitarei. Instou com ele para que o aceitasse, mas ele recusou.
  • Disse Naamã: Se não queres, peço-te que ao teu servo seja dado levar uma carga de terra de dois mulos; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao SENHOR.
  • Nisto perdoe o SENHOR a teu servo; quando o meu senhor entra na casa de Rimom para ali adorar, e ele se encosta na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom, quando assim me prostrar na casa de Rimom, nisto perdoe o SENHOR a teu servo.
  • Eliseu lhe disse: Vai em paz.
  • Quando Naamã se tinha afastado certa distância,
  • Geazi, o moço de Eliseu, homem de Deus, disse consigo: Eis que meu senhor impediu a este siro Naamã que da sua mão se lhe desse alguma coisa do que trazia; porém, tão certo como vive o SENHOR, hei de correr atrás dele e receberei dele alguma coisa.
  • Então, foi Geazi em alcance de Naamã; Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo e perguntou: Vai tudo bem?
  • Ele respondeu: Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis que, agora mesmo, vieram a mim dois jovens, dentre os discípulos dos profetas da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas vestes festivais.
  • Disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. Instou com ele e amarrou dois talentos de prata em dois sacos e duas vestes festivais; pô-los sobre dois dos seus moços, os quais os levaram adiante dele.
  • Tendo ele chegado ao outeiro, tomou-os das suas mãos e os depositou na casa; e despediu aqueles homens, que se foram.
  • Ele, porém, entrou e se pôs diante de seu senhor. Perguntou-lhe Eliseu: Donde vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte alguma.
  • Porém ele lhe disse: Porventura, não fui contigo em espírito quando aquele homem voltou do seu carro, a encontrar-te? Era isto ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas?
  • Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve.

 

Jó 38
  • Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: 
  • Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?
  • Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber.
  • Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento.
  • Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
  • Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular,
  • quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?
  • Ou quem encerrou o mar com portas, quando irrompeu da madre;
  • quando eu lhe pus as nuvens por vestidura e a escuridão por fraldas?
  • Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus ferrolhos e portas,
  • e disse: até aqui virás e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas?
  • Acaso, desde que começaram os teus dias, deste ordem à madrugada ou fizeste a alva saber o seu lugar,
  • para que se apegasse às orlas da terra, e desta fossem os perversos sacudidos?
  • A terra se modela como o barro debaixo do selo, e tudo se apresenta como vestidos;
  • dos perversos se desvia a sua luz, e o braço levantado para ferir se quebranta.
  • Acaso, entraste nos mananciais do mar ou percorreste o mais profundo do abismo?
  • Porventura, te foram reveladas as portas da morte ou viste essas portas da região tenebrosa?
  • Tens idéia nítida da largura da terra? Dize-mo, se o sabes.
  • Onde está o caminho para a morada da luz? E, quanto às trevas, onde é o seu lugar,
  • para que as conduzas aos seus limites e discirnas as veredas para a sua casa?
  • Tu o sabes, porque nesse tempo eras nascido e porque é grande o número dos teus dias!
  • Acaso, entraste nos depósitos da neve e viste os tesouros da saraiva,
  • que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?
  • Onde está o caminho para onde se difunde a luz e se espalha o vento oriental sobre a terra?
  • Quem abriu regos para o aguaceiro ou caminho para os relâmpagos dos trovões;
  • para que se faça chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no ermo, em que não há gente;
  • para dessedentar a terra deserta e assolada e para fazer crescer os renovos da erva?
  • Acaso, a chuva tem pai? Ou quem gera as gotas do orvalho?
  • De que ventre procede o gelo? E quem dá à luz a geada do céu?
  • As águas ficam duras como a pedra, e a superfície das profundezas se torna compacta.
  • Ou poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo ou soltar os laços do Órion?
  • Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seus filhos?
  • Sabes tu as ordenanças dos céus, podes estabelecer a sua influência sobre a terra?
  • Podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
  • Ou ordenarás aos relâmpagos que saiam e te digam: Eis-nos aqui?
  • Quem pôs sabedoria nas camadas de nuvens? Ou quem deu entendimento ao meteoro?
  • Quem pode numerar com sabedoria as nuvens? Ou os odres dos céus, quem os pode despejar,
  • para que o pó se transforme em massa sólida, e os torrões se apeguem uns aos outros?
  • Caçarás, porventura, a presa para a leoa? Ou saciarás a fome dos leõezinhos,
  • quando se agacham nos covis e estão à espreita nas covas?
  • Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus pintainhos gritam a Deus e andam vagueando, por não terem que comer?

 

Salmo 16
  • Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio.
  • Digo ao SENHOR: Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente.
  • Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer.
  • Muitas serão as penas dos que trocam o SENHOR por outros deuses; não oferecerei as suas libações de sangue, e os meus lábios não pronunciarão o seu nome.
  • O SENHOR é a porção da minha herança e o meu cálice; tu és o arrimo da minha sorte.
  • Caem-me as divisas em lugares amenos, é mui linda a minha herança.
  • Bendigo o SENHOR, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina.
  • O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado.
  • Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro.
  • Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
  • Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.

 

Salmo 17
  • Ouve, SENHOR, a causa justa, atende ao meu clamor, dá ouvidos à minha oração, que procede de lábios não fraudulentos.
  • Baixe de tua presença o julgamento a meu respeito; os teus olhos vêem com eqüidade.
  • Sondas-me o coração, de noite me visitas, provas-me no fogo e iniqüidade nenhuma encontras em mim; a minha boca não transgride.
  • Quanto às ações dos homens, pela palavra dos teus lábios, eu me tenho guardado dos caminhos do violento.
  • Os meus passos se afizeram às tuas veredas, os meus pés não resvalaram.
  • Eu te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras.
  • Mostra as maravilhas da tua bondade, ó Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles.
  • Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas,
  • dos perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte.
  • Insensíveis, cerram o coração, falam com lábios insolentes;
  • andam agora cercando os nossos passos e fixam em nós os olhos para nos deitar por terra.
  • Parecem-se com o leão, ávido por sua presa, ou o leãozinho, que espreita de emboscada.
  • Levanta-te, SENHOR, defronta-os, arrasa-os; livra do ímpio a minha alma com a tua espada,
  • com a tua mão, SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra deixam aos seus pequeninos.
  • Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança.